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Panicum Maximum cv Massai

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Panicum Maximum cv Massai

Cultivar de crescimento cespitoso e semidecumbente de porte médio (altura aproximada de 65 cm). É um capim de excelente produção de forragem com ótima rebrota e muito aceito por bovino, equinos, ovinos e caprinos.
Responde bem em solos de média fertilidade, e deve ser servido aos animais sempre antes do florescimento.
A cultivar Massai, liberada em 2001, é um híbrido espontâneo entre Panicum maximum e P. infestum, e foi coletada na Tanzânia, África, pelo Institut de Recherche pour le Développement (IRD). A planta tem como característica o crescimento formando touceiras com altura média de 60 cm. Possui excelente produção de forragem com grande velocidade de estabelecimento e de rebrota, com média tolerância ao frio e boa resistência ao fogo. Quando comparado a cultivares de P. maximum, o capim-massai apresenta-se mais adaptado às condições de baixa fertilidade do solo, com boa resistência ao ataque da cigarrinha-das-pastagens. Avaliado sob pastejo rotacionado por quatro anos, suportou 3,1 e 1,2 UA/ha durante o período das águas e da seca, respectivamente, apresentando ganho médio de 620 kg de peso vivo por hectare ao ano.
Esta solução tecnológica foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com outra(s) instituição(ões).

Categoria:

Descrição

PRODUÇÃO AGRONÔMICA

A cv. Massai apresentou uma produção de matéria seca de folhas em parcelas (15,6 t/ha) semelhante à cv. Colonião (14,3 t/ha), apesar do porte de apenas 60 cm de altura, em contraste com os 150 cm do Colonião, nas mesmas condições. Essa alta produção em relação ao Colonião é por causa da capacidade 30% maior que este de produzir folhas em relação aos colmos, e 83% maior de rebrota após os cortes.
A cultivar Massai apresentou também 53% menor estacionalidade de produção que o Colonião. Em relação às cultivares Tanzânia-1 e Mombaça, a cv. Massai apresentou porcentagem semelhante de folhas (em torno de 80% de folhas), mas por ser de porte mais baixo que ambas as cultivares, sua produção de matéria seca foliar também foi menor.

A cv. Massai apresentou concentração de proteína bruta nas folhas (12,5%) e colmos (8,5%) semelhante à cv. Tanzânia-1.

A cv. Massai é um capim precoce, portanto, floresce e produz sementes várias vezes ao ano. Seu florescimento é intenso, rápido e agrupado. A época de maior produção é em maio, quando atingiu 85 kg/ha em média, em parcelas.

ADAPTAÇÃO A CLIMA E SOLO

Para se avaliar o potencial de adaptação a distintos climas e solos, os 25 acessos superiores e 5 testemunhas foram avaliados durante dois anos em sete locais, quais sejam:

a) Rio Branco, Acre (Embrapa Acre);
b) Paragominas, Pará (Embrapa Amazônia Oriental);
c) Planaltina, Brasília, (Embrapa Cerrados);
d) Rio Brilhante, Mato Grosso do Sul (Embrapa Gado de Corte);
e) Itapetinga, Bahia (CEPLAC);
f) Governador Valadares, Minas Gerais (EPAMIG);
g) Paranavaí, Paraná (IAPAR).

A cv. Massai destacou-se em todos os locais avaliados na rede nacional, e apresentou melhor desempenho de todos acessos no total dos locais. Ela produziu bem desde latitudes 3° até 23°S, altitudes de 100 a 1.007 m acima do nível do mar, com precipitações anuais de 1.040 a 1.865 mm, e solos de pH de 4,9 até 6,8.

Nos Estados do Acre e Minas Gerais e no Distrito Federal, apresentou a mais alta produção de matéria seca de folhas e a mais alta porcentagem de folhas entre os 25 acessos ou testemunhas, mesmo quando comparada com os materiais de porte alto como a cv. Mombaça. No Pará, a ‘Massai’ ficou entre as cinco mais produtivas.

Em uma análise de agrupamento envolvendo todos os locais e considerando o vigor das plantas, as produções de matéria seca de folhas por corte e na estação seca, e a porcentagem de cobertura do solo, a cv. Massai ficou no grupo de melhor desempenho forrageiro, com a ‘Mombaça’ e outros quatro acessos.

Em comparação às testemunhas, a ‘Massai’ apresentou produção de matéria seca total semelhante às cvs. Tanzânia-1, Mombaça e Tobiatã, e superior às ‘Vencedor’ e ‘Colonião’. Já quanto à produção de matéria seca de folhas, tanto nas águas quanto na seca, a cv. Massai foi superior às testemunhas e semelhante à ‘Mombaça’.

CALAGEM E ADUBAÇÃO
A cv. Massai, a exemplo de outras cultivares da espécie P. maximum, requer níveis médios a altos de fertilidade do solo na implantação, mas é a menos exigente em adubação de manutenção e persiste maior tempo em baixa fertilidade com boa produção sob pastejo. É, entre as cultivares de P. maximum, a mais tolerante ao alumínio do solo.

A quantidade de corretivos e adubos deve basear-se na análise de solos. Recomenda-se para implantação da pastagem, aplicação de calcário para elevar a saturação por bases de 40% a 45% na camada de 0 a 20 cm de solo. Adubação fosfatada deverá elevar os teores de fósforo em Mehlich-1:

  • em solos muito argilosos (>60%), para acima de > 4 mg/dm3;
  • em solos argilosos (35% a 60%), para acima de > 6 mg/dm3;
  • em solos textura média (15% a 35%), para acima de >12 mg/dm3;
  • em solos arenosos (<15%), para acima de >15 mg/dm3.

O potássio deve estar na faixa de 50 a 60 mg/dm3. Quanto a outros nutrientes, recomenda-se a aplicação de 30 kg/ha de enxofre, e para os micronutrientes, 40 a 50 kg/ha de uma fórmula de FTE que contenha cobre, zinco e boro, ou equivalente em fontes solúveis.
Embora a cv. Massai se adapte e persista em uma ampla faixa de textura de solos comparativamente às demais cultivares, seu desempenho e persistência também são melhores em solos de textura média e argilosa.

PLANTIO
Em climas com estação chuvosa no verão, como a região Centro-Oeste, o plantio deverá ser realizado de meados de outubro até fevereiro, sendo a época ideal o período de 15 de novembro a 15 de janeiro.

O preparo de solo é o mesmo utilizado para a formação de outras pastagens, isto é, aração e gradagem, quando necessário. Recomendam-se 2 kg/ha de sementes puras viáveis e a semeadura poderá ser feita a lanço ou em linhas não mais do que a 20 cm de espaçamento, a uma profundidade de 2 cm. Uma ligeira compactação favorece a emergência de plântulas.

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